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domingo, 25 de agosto de 2013

Rafel Ferri e uma nova (possível) venda de ações da OGX por Eike Batista: falhas na 358?

Parece que Rafael Ferri resolveu acompanhar mais de perto as negociações de Eike Batista. Recentemente postamos alguns comentários sobre uma denúncia feita por ele à CVM, por ter negociado ações antes da divulgação de um fato relevante.


Dessa vez Ferri afirma que há uma preocupação por parte de alguns analistas de investimentos quanto ao leilão que ocorrerá no dia 02/09/2013. Mas o que essa e a postagem anterior têm em comum? Ferri se remete à Instrução CVM 358 nas duas. Então, mais uma vez, acusa Batista de insider trading (mesmo a negociação não tendo ocorrido ainda).

O problema é que a 358 é muito subjetiva (isso é bom e ruim), pois diz que o insider (Eike Batista, nesse caso) não pode negociar ações antes da divulgação de fatos relevantes. Porém, o "quanto" antes é que é o problema. O insider sempre vai negociar antes de um fato relevante, porém ele sempre estaria negociando com informações privilegiadas?

O fato é que enquanto não houver transparência nas negociações dos insiders, qualquer empresa que esteja passando por situações polêmicas (como é o caso da OGX) gerará problemas nas negociações dos seus insiders. É preciso que saibamos quando eles negociaram e quanto eles negociaram. Isso deveria ser anunciado no dia da negociação. Quem sabe no lançamento da ordem... mas aí geraria outros problemas. O que não podemos é ficar sabendo da negociação após vários dias dela ter acontecido.

Acesse a carta de Ferri enviada à CVM.

3 comentários:

  1. Deveria proibir, em geral, insiders de negociarem papéis das empresas envolvidas em tempo e quantidade de ações antes de FR. Por exemplo, nos 5 pregões anteriores ao FR limitar a movimentação em 20% de suas posições (compra e/ou venda).

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    1. O problema, anônimo (desculpe, pois não sei seu nome), é que algumas negociações são muito longas. Imagine uma aquisição de empresas? Então o insider pode ficar negociando ações à medida que a negociação vai avançando. Quando faltarem 5 dias para a divulgação do fechamento dela, ele já negociou muito.

      E existem linhas de pensamento que acreditam que o mercado se torna mais eficiente com as negociações dos insiders. O problema é que aqui no Brasil demora demais até que saibamos que insider negociou. Isso gera possibilidade dele ter muito retorno anormal.

      Esse é o maior problema da 358

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    2. Só para complementar, além dos artigos desde a década de 1960 (até onde eu sei), existem fundos de investimentos baseados em insider trading (o dentro da lei) e livros sobre isso. Um exemplo: Profit from Legal Insider Trading: Invest Today on Tomorrow's News

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