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quarta-feira, 16 de março de 2011

Exame de suficiência - Esclarecimentos



Participando do I Simpósio de Professores e Coordenadores de Ciências Contábeis da Paraíba, tivemos a oportunidade de conversar com Joaquim José Boarin, Presidente da Comissão de Acompanhamento do Ensino na Área Contábil do CFC, sobre o tão falado Exame de Suficiência e outros temas.

Muita coisa já era conhecida por nós que estamos tão ligados a essa novidade em nosso curso/profissão, como foi visto em outros posts aqui em nosso blog. Mas ele trouxe algumas questões "novas".

Começando com a data do segundo exame (pra quem já está pensando nele) que está marcado para o dia 25/09/2011. Então, para quem está se formando em 2011.1, perdeu a inscrição ou por outros motivos, há tempo suficiente para se preparar.

Sobre o gabarito da prova, Boarin nos informou que não há a menor possibilidade de vazar, pois esse gabarito só será ELABORADO por ele duas semanas depois da aplicação do exame. Então, vamos ter aí, pelo menos, duas semanas de ansiedade à espera das respostas consideradas corretas pelos organizadores.

As questões serão retiradas de um banco de dados e terão todas as suas alternativas misturadas aleatoriamente por um programa de computador. O que isso implica para nós? Implica dizer que nem mesmo o próprio elaborador da questão saberá qual é a alternativa que ele considerou como correta.

Estamos passando por diversas mudanças, tanto na temática contábil como em nossa língua mãe. As questões contundentes foram retiradas do banco de dados. Como o exame não foi muito bem aceito pela maioria dos estudantes e professores, isso facilitará o trabalho da organização quanto a "problemas judiciais" e pedidos de anulação de questões. Considero isso uma boa atitude, iria gerar muito problema desnecessário. Então, podemos esperar uma prova pouco polêmica.

Finalizando as explicações que eu considerei relevantes para trazer a vocês, é quanto ao uso de calculadoras. Eu achei uma falha enorme possibilitar o uso de qualquer tipo de calculadora. Ou proibe a utilização, ou limita.

Por que limitar o uso das calculadoras?

Imaginem uma prova de matemática financeira, ou mesmo contabilidade que precisa de matemática financeira, com muita conta. Agora imaginem uma pessoa usando uma HP 12c e uma usando aquelas de mercadinho apenas com operações fundamentais. Imaginaram? Olhem só a desvantagem e, até mesmo, segregação social que a organização do Exame impôs a essas pessoas. Quem tem dinheiro para dar entre R$ 180,00 e R$ 300,00 em uma calculadora financeira, fará algumas questões como cálculo de VPL ou séries de pagamento, anuidades, amortizações de empréstimo em uns 6 toques na calculadora. Quem não tem, passará alguns minutos.

O mesmo se aplica a questões de estatística, onde calculadoras estatísticas calculam médias, desvios, regressões com apenas algumas teclas.

Minha maior preocupação quanto ao exame é de os cursos de Contabilidade começarem a preparar alunos apenas para o Exame ou concursos, da forma que acontece com o falido sistema de vestibular (substituído aos poucos pelo ENEM, mas sem tanta diferença) que vem obrigando as escolas a preparar o aluno para decorar fórmulas e regras para passar no vestibular, esquecendo-se um pouco da educação.

Eu posso falar bem sobre isso porque fui professor de escola (felizmente apenas até o fundamental II) e vi o quanto isso influencia o modo com que os professores preparam suas aulas e como os alunos se preparam. É um verdadeiro comércio.

Maiores informações sobre o Exame de Suficiência, basta clicar aqui. Temos algumas dicas de estudos, entrevistas e questões comentadas sobre o Exame.

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